terça-feira, 31 de maio de 2011

Confira a programação do Cine Nordeste deste sábado (4)

No Cine Nordeste deste sábado (4), você confere um filme cearense que ganhou o mundo. Filmado no Iguatu, O Céu de Suely, conta a história da jovem Hermila que volta de São Paulo com seu filho pequeno. Esperas, decepções e uma decisão transformarão sua vida. Os comentários ficam a cargo de Klístenes Braga, presidente da ATAV – Associação Brasileira de Tradutores Audiovisuais.

O Céu de Suely
Direção: Karim Aïnouz
O Céu de Suely conta a história de Hermila, uma jovem que volta de São Paulo com seu filho recém-nascido para a casa de sua família, no interior do Ceará. Ela espera a chegada do marido que deve reencontrá-la. Mas ele nunca chega. Sozinha, Hermila tenta reeinventar a sua vida, mas continua com o sonho de ir embora para o lugar mais longe possível.



Elenco

  • Hermila Guedes
  • Maria Menezes
  • Zezita Matos
  • João Miguel
  • Georgina Castro
  • Mateus Alves 
  • Gerkson Carlos

Curiosidades

  • 2º longa metragem do cearense Karin Ainouz
  • O filme foi todo realizado na cidade de Iguatu
  • Os personagens tem os mesmos nomes dos atores
  • O filme é baseado no curta Rifa-me, do mesmo diretor

Fundação Dorina homenageia empresas comprometidas com a inclusão das pessoas com deficiência visual no Brasil

Para a pessoa com deficiência visual, ter o acesso garantido à reabilitação, à literatura, ao estudo ou entretenimento é questão primordial em seu desenvolvimento pessoal. É com este objetivo que a Fundação Dorina Nowill para Cegos, que em 2011 completa 65 anos de atividades em prol da inclusão social de pessoas cegos e com baixa visão por meio da produção e distribuição de livros em braille, falados e digitais acessíveis, além de serviços especializados ao deficiente visual e sua família.


Em 2010, foram mais de 18 mil consultas e terapias beneficiando 1.552 pessoas cegas e com baixa visão. São atendimentos gratuitos que incluem clínica de baixa visão, educação especial, reabilitação e empregabilidade. Na área de livros acessíveis, foram produzidos mais de 1.000 títulos, o que faz da Fundação Dorina a maior editora de livros para pessoas com deficiência visual do Brasil. Os 65 mil livros distribuídos gratuitamente beneficiaram mais de 46 mil deficientes visuais em todo o país, e também 1.425 escolas, associações, bibliotecas e organizações que atendem pessoas cegas e com baixa visão.

Todo este sucesso só foi alcançado graças ao incentivo de patrocinadores e parceiros, que serão homenageados na 12º edição do Parceiros de Visão. O evento é um reconhecimento especial, pelo incentivo à cultura, a educação e ao desenvolvimento de recursos que facilitam a inclusão social das pessoas com deficiência visual no Brasil. "É um momento de agradecer aos nossos parceiros e incentivar o empresariado ao apoio de ações de responsabilidade social”, destaca a Gerente de Captação de Recursos, Silvia Rosa.

O evento acontecerá no dia 31 de maio, terça-feira, às 19h, no Espaço Sociocultural – Teatro CIEE, Rua Tabapuã, nº 445, Itaim Bibi, em São Paulo. Entre os homenageados estarão: Bradesco, Mercedes Benz do Brasil, Cielo e Globosat.



Sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos:
A Fundação Dorina Nowill para Cegos há 65 anos facilita a inclusão social de crianças, jovens e adultos cegos ou com baixa visão, por meio de reabilitação, e produção de livros e revistas acessíveis que permite às pessoas com deficiência visual acesso ao mundo do conhecimento e da informação. Com a maior imprensa braille da América Latina, a instituição tem capacidade para impressão de mais 45 milhões de páginas braille por ano. A Fundação Dorina Nowill produz livros didáticos, literatura e best-sellers. Também produz cardápios, partituras musicais, catálogos, cartões de visitas e outros materiais de prestação de serviços às empresas e à comunidade.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

Missão: acessibilidade

Por Adriana Martins
Repórter 
Diário do Nordeste

Entre os projetos de maior destaque no Estado voltados à acessibilidade de portadores de necessidades especiais está o Lead - Legendagem e AudioDescrição, grupo de estudo filiado ao grupo de pesquisa da Universidade Estadual do ceará (Uece), coordenado pela professora Vera Lúcia Santiago.

O grupo, criado em 2008, reúne 12 alunos do curso de Letras, do mestrado em Linguística Aplicada e da especialização de Formação em Tradutores da Uece. "Com o objetivo de atuar no mercado profissional, fundamos em 2010 a Associação dos Tradutores Audiovisuais do Brasil - Atav, que funciona paralelamente às pesquisas do grupo", explica Bruna Leão, integrante do Lead e do Atav.

"A associação já realizou alguns trabalhos pagos, como a audiodescrição do vídeo coletivo ´Fortaleza em Todos os Sentidos´, da Vila das Artes, equipamento da prefeitura de Fortaleza", complementa a mestranda.



O trabalho do grupo Lead é realizado em laboratório da Universidade Estadual
do Ceará: filmes, peças de teatro e exposições acessíveis para deficientes


Além de filmes e vídeos, o grupo trabalha com peças de teatro e exposições. Bruna explica que a tradução audiovisual tem várias modalidades, como a dublagem, a voice over (voz em off), a legendagem normal e aquela para surdos e a audiodescrição - estas duas últimas, objetos de pesquisa do Lead. "A audiodescrição consiste na tradução das imagens em palavras. Por exemplo: em momentos de silêncio de um filme, quando só há trilha sonora ou ação, sem diálogos, o cego não sabe o que acontece. Então descrevemos as imagens e a incluímos no filme como um segundo áudio", esclarece a mestranda.

"A descrição inclui ainda informar mudanças de cenário, de tempo e outros aspectos desse tipo. Procuramos inseri-la em espaços de silêncio do filme. Fazemos sobreposição de áudios apenas quando extremamente necessário", diz Bruna.

Já a legendagem para surdos é diferenciada por contemplar outros elementos, como a identificação do personagem falante e de efeitos sonoros. "Por isso esse tipo de legenda é um pouco amais condensada", observa a estudante.
Em museus, o trabalho consiste na descrição das obras. "Os visitantes recebem um MP3 com o áudio. Às vezes conseguimos articular esse recursos a outros, como o piso tátil, que sinaliza onde está cada obra. Ou quando eles podem tocar as obras", afirma a integrante do grupo.

No teatro, diferente do cinema, a audiodescrição é ao vivo. "Utilizamos aqueles fones de tradução simultânea, para não atrapalhar os outros espectadores. Por um fone eles escutam a descrição; pelo ouvido livre, os diálogos e a trilha", esclarece Bruna. "As salas de cinemas também deveriam ser equipadas com os fones, para sessões mistas (deficientes e não-deficientes). Mas são raríssimas", lamenta a estudante.

Público do futuro

"Fizemos, por exemplo, a primeira mostra de filmes acessíveis do Cine Ceará, na 19º edição do festival. Elaboramos também a audiodescrição das peças ´Astigmatismo´, de uma turma do Curso Princípios Básicos de Teatro; ´Curral Grande´, de formandos do Curso de Arte Dramática da UFC; do solo de dança ´Magno Pirol´; e da peça ´A Vaca Lelé´, enumera Bruna.

Esta última foi um dos primeiros trabalhos do Lead voltado ao público infantil. "Percebo que eles são muito mais preparados para receber os recursos do que os adultos. Muitos nunca tinham ido ao teatro ou usado fones de tradução, mas não tiveram dificuldades em acompanhar", recorda Bruna.

"O público adulto é mais relutante, acomodado. Se prepararmos e investirmos nas crianças, são elas que, mais à frente, irão brigar pelos diretos dos deficientes", acredita a mestranda, cuja dissertação aborda exatamente a audiodescrição para o público infantil.

Mobilidade

Outra dificuldade mencionada por Bruna nos projetos do Lead é o transporte dos portadores de deficiência. "Se não providenciamos locomoção, não há público nos eventos, diferente do que acontece em outras cidades", lamenta a estudante. A mesma queixa aparece na fala de João Monteiro, jornalista e coordenador do Laboratório de Inclusão da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, do Governo do Estado. "Coordeno o laboratório há 20 anos. Se você me perguntar qual principal entrave que temos hoje eu respondo: transporte", critica Monteiro.

"A cidade não tem projeto de acessibilidade, e é consenso entre paraplégicos e tetraplégicos, por exemplo, que o ônibus adaptado não resolve. Como eles podem percorrer cinco quarteirões até o ponto, se não há calçadas, se há buracos, barreiras? Além disso, só para entrar no ônibus são uns 15 minutos. A única saída para cadeirantes é o transportes específicos", afirma Monteiro. "Eles tem que ser levados do ponto de partida ao ponto de chegada. Como não acontece, a maioria que não dispõe de transporte particular ou não pode arcar com taxi está em casa. Alguns corajosos ainda enfrentam tudo isso pelo trabalho ou estudo, mas são poucos", complementa.

Criado em 2008, o Laboratório de Inclusão da STDS vem sendo desenhado desde 1991. "Começamos comum programa de estágio curricular universitário para estudantes em situação social vulnerável, ou seja, portadores de HIV, vítimas de câncer, de orfandade prematura - qualquer condição que atrapalhasse a obtenção de um estágio", recorda Monteiro.

Em 2004 o programa de estágio transformou-se em um projeto mais amplo, com ações que incluíam também pessoas com deficiência. "Hoje temos uma equipe multidisciplinar, com assistentes e cientistas sociais, arquitetos, pedagogos e outros. Temos dentro da STDS 40 vagas de terceirizados, que começamos a mapear em 2006, cruzando as exigências de cada função com as características de cada deficiência", explica Monteiro. "Atualmente todas são preenchidas por portadores dos quatro tipos de deficiências: cognitiva, auditiva, visual e motora. Isso chama-se inclusão qualitativa. Trabalhamos exclusivamente com geração de emprego e renda, não com assistencialismo", ressalta o coordenador.

Dentre os projetos do laboratório de Inclusão está o grupo Acessibilidade Apresenta, que reúne músicos, atores, bailarinos e artistas plásticos. A iniciativa, criada em 2010, é coordenada por Sérgio Rotschild.

"Por meio desse projeto o Sérgio descobre pessoas incríveis, como Ítalo Gutierrez, estudante de17 anos, cantor e compositor. Ou a cantora Bia Marques, que inaugurou as apresentações do grupo. Ambos são deficientes visuais", esclarece Monteiro.

"Mas para participar, o interessado passa por uma seleção. Ele já precisa ter nível de mercado, porque não trabalhamos com formação, mas com inserção", observa o coordenador.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Festival Palco Giratório: Recife recebe 41 espetáculos de 38 companhias

Programação múltipla de espetáculos, passando por vários estilos e linguagens cênicas do Festival Palco Giratório, promovido pelo Sesc, chega ao Recife pelo 5º ano consecutivo. De 6 a 28 de maio, a capital pernambucana será o palco de 41 espetáculos, de 38 companhias, vindas de vários estados brasileiros e uma internacional (Cuba).
Desse repertório, 16 grupos foram selecionados pela curadoria nacional e vão circular por todos os estados do país. Dentre eles, dois grupos são de Pernambuco: o Mão Molenga Teatro de Bonecos, com os espetáculos “O Fio Mágico e Era uma Vez”; e o Coletivo Lugar Comum, com o espetáculo de dança “Leve”. Eles se juntam a outras 22 companhias que compõem a programação do festival do Recife.
Os espetáculos estão distribuídos em seis teatros da cidade (Marco Camarotti, Capiba, Barreto Júnior, Hermilo Borba Filho, Apolo e Luiz Mendonça), a preços populares. Na programação, opções para crianças e adultos, cobrindo os mais variados gêneros como o drama, comédia, dança e formas animadas.
O público pode conferir ainda as apresentações gratuitas em espaços abertos como os mercados públicos de Casa Amarela, São José e Prazeres, além da Praça do Campo Santo, em Santo Amaro. Há também atividades formativas, como debates, pensamentos giratórios e oficinas.
O recurso da áudio-descrição será novamente disponibilizado para pessoas portadoras de deficiências visuais. Este ano em sete espetáculos, incluindo a peça de abertura “Caetana”, do grupo Duas Companhias (PE). A técnica funciona com tecnologia semelhante à utilizada na tradução simultânea. Haverá também tradução em libras nas apresentações de “Reprilhadas e Entralhofas – um concerto para acabar com a tristeza” e “Cordel do Amor sem Fim”.
Ações Paralelas
Para a edição 2011, a coordenação do Festival Palco Giratório Brasil-Recife traz duas ações paralelas. A primeira é a Cena Bacante — um espaço para performances temáticas que servirá de mote para confraternização entre os grupos convidados e os artistas locais. A outra ação, batizada de Cena Gastrô, é um circuito gastronômico com cardápio elaborado pelo Chef César Santos inspirado nos títulos dos espetáculos.
Esta edição traz ainda uma promoção especial para quem curte teatro, intitulada “Espectador Presente”. O público que comparecer ao espetáculo de abertura, no dia 6 de maio, irá receber um cartão fidelidade, que deverá ser apresentado na bilheteria dos próximos espetáculos para registro da presença. O espectador que completar o cartão (com 10 carimbos) receberá um ingresso para o Over12 — doze horas ininterruptas de programação que encerra o Festival — e um brinde exclusivo.
Serviço
Festival Palco Giratório Brasil – Recife 
Quando: de 06 a 28 de maio de 2010 
Ingressos: R$ 10 (público em geral) / R$ 5 (comerciários e dependentes, estudantes, idosos professores) 
Informações: www.sescpe.com.br

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A VIII Semana de Humanidades UFC/UECE e as Pesquisas em AD e Legendagem

A Semana de Humanidades é a continuidade de um projeto de iniciativa do Centro de Humanidades da UFC, que desde sua sexta edição (2009) vem sendo realizada em parceria com o Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará (UECE), proporcionando o encontro das duas maiores universidades públicas do Estado do Ceará destacando a produção acadêmica de pesquisadores cearenses.


O projeto vem vem demonstrando a cada ano ser de fundamental importância para a integração de alunos, professores e técnico-administrativos, num processo de democratização de informações, conhecimentos e oportunidades, buscando a integração do saber universitário com as demais práticas sociais organizadas.

Em torno do sugestivo tema da VIII Semana: “Humanidades: entre fixos e fluxos”, os integrantes de tais campos (professores, alunos, servidores e comunidade interessada), conduzirão reflexões que enfatizem os elementos que apontam permanências e mudanças em cada um dos mesmos.

Os pesquisadores do Grupo LEAD participam de mais esta edição do evento apresentando os avanços de suas pesquisas e oferecendo oficinas gratuitas de formação em Audiodescrição e Legendagem. Confira abaixo a programação do trabalhos e oficinas realizada pelo LEAD:

OFICINAS:

  • Legendagem: teoria e prática através da ferramenta Subtitle Workshop
    Alexandra Frazão Seoane e Élida Gama Chaves
Ementa:
Oficina de cunho teórico e prático que visa a oferecer noções básicas dos parâmetros técnicos de legendagem e do software livre de legendagem, amplamente utilizado por legendistas profissionais e fãs, Subtitle Workshop.

Sala 28 (Laboratório)
CH/Uece - Campus Fátima

  • Prática em Audiodescrição: Traduzindo o Cinema e o Teatro para Pessoas com Deficiência Visual
    Bruna Alves Leão e Klístenes Bastos Braga
Ementa:
Estudos da tradução audiovisual, envolvendo a audiodescrição (AD) como um recurso de acessibilidade audiovisual. Teoria e prática da AD, envolvendo pesquisas realizadas na Europa e no Brasil (UECE, UFBA e UFMG). Discussão e análise das atividades desenvolvidas pelo grupo LEAD (Legendagem e Audiodescrição) da UECE.

Sala 31 / LAPEL - CH/Uece
Campus Fátima

COMUNICAÇÕES ORAIS:

AUTOR: ALEXANDRA FRAZÃO SEOANE
TÍTULO: O DVD acessível do filme Corisco e Dadá - Acessibilidade audiovisual para cegos e surdos

AUTOR: ANA KATARINNA PESSOA DO NASCIMENTO
TÍTULO: A retextualização nas legendas para surdos e ensurdecidos

AUTOR: MATHEUS OLIVEIRA DA SILVA ROCHA
TÍTULO: Legendagem para surdos: a construção de um modelo nacional a partir do olhar surdo

AUTOR: OSMINA MARIA MARQUES DA SILVA
TÍTULO: A identificação dos personagens nas audiodescrições: um estudo baseado em corpus

AUTOR: WALQUIRIA BRAGA SALES
TÍTULO: A tradução do filme "Os filmes que não fiz" para deficientes visuais através da audiodescrição

AUTOR: ÉLIDA GAMA CHAVES
TÍTULO: Legendagem e Tradução Automática: uma experiência que não deu certo

AUTOR: FRANCISCA RAFAELA BEZERRA DE MEDEIROS
TÍTULO: O uso do Wordsmith Tools na elaboração de glossários especializados

PÔSTER:

AUTOR: KLÍSTENES BASTOS BRAGA
TÍTULO: A Audiodescrição da Exposição SOS-SÓS: um relato de experiência

As atividades dessa VIII Semana de Humanidades serão realizadas no período de 03 a 06 de maio de 2011, conjuntamente as do II Encontro de Pesquisa e de Pós-Graduação em Humanidades, enseja consolidar o ensino e a pesquisa, mostrando a produção científica como fruto dos que participam dos programas de graduação e de pós-graduação pertencente às universidades públicas do Ceará.