segunda-feira, 17 de junho de 2013

Livro sobre a pesquisa em audiodescrição no Brasil será lançado hoje em Fortaleza

O livro “Os Novos Rumos da Pesquisa em Audiodescrição no Brasil”, fruto do projeto de cooperação financiado pela Capes (PROCAD Capes) entre a Universidade Estadual do Ceará e a Universidade Federal de Minas Gerais, será lançado nesta segunda-feira (17), às 16h30, integrando a programação especial de aniversário dos 103 anos do Theatro José de Alencar.

Com treze artigos relatando sobre os mais diversos tipos de pesquisa, o livro destina-se a profissionais e pesquisadores da área de audiodescrição, assim como pesquisadores e profissionais de outras áreas que tenham interesse na discussão da questão da acessibilidade de pessoas com deficiência visual aos meios visuais e audiovisuais. Estão diretamente envolvidos nessa discussão pesquisadores e profissionais de Letras, Linguística, Pedagogia, Fonologia, Fonoaudiologia, Comunicação Social, Artes, dentre outros.

Organizado pelas Professoras Vera Lúcia Santiago Araújo e Marisa Ferreira Aderaldo, a primeira edição do livro conta com artigos dos seguintes pesquisadores:

Rafaela Bezerra De Medeiros 
Antônio Luciano Pontes 
Bruna Alves Leão 
Klístenes Bastos Braga 
Pedro Henrique Lima Praxedes 
Célia Maria Magalhães 
Juarez Nunes De Oliveira Junior 
Alexandra Frazão Seoane 
Júlio Pinto 
Flávia Mayer 
Wilson Júnior De Araújo Carvalho 
Eliana Paes Cardoso Franco 
Alana Monteiro Murinelly Monteiro 
Renata De Oliveira Mascarenhas 
Deise M. Medina Silveira 
Barbara C. Dos Santos Carneiro 
Adriana Urpia

O livro será apresentado pela Professora Elinalva Alves de Oliveira, da Secretaria Municipal de Educação, atual coordenadora da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental ACEC - Associação dos Cegos do Estado do Ceará, escola anexa da Rede Municipal de Fortaleza.




Descrição da imagem por Klístenes Braga: Capa do livro Os novos rumos da pesquisa em audiodescrição no Brasil. Retângulo vertical de fundo preto. No canto superior direito está escrito em letras brancas: Vera Lúcia Santiago Araújo, Marisa Ferreira Aderaldo, organizadoras. Logo abaixo, ainda na metade superior e centralizado, está escrito o título em letras cinza, mas com destaque para a palavra audiodescrição, que está escrita em letras vermelhas e de maior tamanho que as demais. Embaixo do título há nove pequenos quadrados cinza com ícones brancos, dispostos em três colunas e três linhas. Da esquerda para a direita, na primeira linha: um alto-falante, um olho e um balão de diálogo; na segunda linha: um microfone, uma câmera filmadora e uma paleta de cores com um pincel; e na terceira linha: uma semicolcheia, um lápis e as máscaras representativas da tragédia e da comédia no teatro, sendo que esta última é preta. Na parte inferior, ao centro, está o ícone da editora: desenho de uma seta menor e outra maior convergindo para o mesmo ponto. Ao lado da figura está escrito em letras brancas: Editora CRV.


:: SERVIÇO
Lançamento do livro “Os Novos Rumos da Pesquisa em Audiodescrição no Brasil”
Data: 17 de junho de 2013
Hora: 16h30
Local: Theatro José de Alencar
Endereço: Praça José de Alencar, s/n, Centro, Fortaleza, Ceará, Brasil

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Sentidos da arte - sobre acessibilidade cultural

Matéria publicada no jornal O Povo de hoje.

Exposição em cartaz no Mauc terá, hoje, visita de deficientes visuais guiada pelo artista Francisco Wagner. Em Fortaleza, instituições culturais têm ampliado ações de acessibilidade.

Entre tantos papéis sociais, a arte também tem a função de incluir. Aqueles que possuem algum tipo de necessidade especial, seja deficiência física ou intelectual, têm o mesmo direito de apreciar produtos artísticos. Cabe aos equipamentos culturais, então, se munir de ferramentas para viabilizar o acesso à arte e não só construir rampas e salas mais amplas para cadeirantes, mas também investir em tradutores de libras para deficientes auditivos e, para os deficientes visuais, o sistema braille e a audiodescrição.

Museus e galerias de arte, em Fortaleza, têm atentado para acessibilidade cultural. Atualmente, três equipamentos, pelo menos, pensaram seus acervos para a fruição de pessoas com necessidades especiais. O Memorial da Assembleia Legislativa Deputado Pontes Neto (Malce) inaugurou, em maio, sistema de acessibilidade. A exposição com acervo permanente do espaço está disponível para deficiente auditivos e visuais por meio da audiodescrição, braille e libras. Além do Malce, o Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS) disponibiliza sistema de audiodescrição em exposição com acervo do músico e compositor cearense Paurillo Barroso.

Já no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc), a exposição Exercício da Pintura à Óleo de Francisco Wagner terá visitação acessível para deficientes visuais guiada pelo próprio artista plástico. A visitação ocorre amanhã, a partir das 9 horas, no Mauc. A iniciativa da visita partiu do Programa de Educação Inclusiva e Acessibilidade da Universidade Federal do Ceará, projeto de extensão vinculado a Secretaria de Acessibilidade da UFC.

“Não deve haver restrição na arte. Nós, artistas, temos mais é que ampliar para que a informação possa circular de modo mais completo”, conta Francisco Wagner. O artista plástico e pedagogo acredita que a acessibilidade deve ser trabalhada em todos os espaços dedicados a arte e destaca também a importância desse público. “O grau de percepção deles é outro, nós temos muito que aprender com pessoas especiais”. Os deficientes visuais poderão ler sobre as obras por meio do braille e terão permissão de tocar nas telas.

Autora do projeto que trabalha a audiodescrição no MIS, Myreika Falcão diz que a exposição do acervo do músico Paurillo Barroso foi pensada tendo os cegos como público-alvo. “Queremos incluir os deficientes visuais e pessoas com problemas de visão. Para isso, disponibilizamos o acervo do Paurillo com várias especificidades para esse público”. Além da audiodescrição, Mireyka destaca as informações disponíveis em braille, réplica do rosto do Paurillo em alto relevo, acesso ao toque dos figurinos do músico, áudio das canções e aromas trabalhados pelo artista, que também era perfumista.

“Ainda falta interesse”

Com a inauguração do sistema de acessibilidade no memorial da Assembleia Legislativa, pessoas com deficiências auditiva e visual podem ter acesso a todo o acervo da exposição permanente. Ana Elise, coordenadora de pesquisa do memorial, entretanto, avalia que é preciso maior interesse por parte das entidades que trabalham com deficientes. “Só o empenho dos equipamentos culturais não garante a acessibilidade adequada, pois é preciso que as fundações e escolas que trabalham com pessoas com necessidades especiais ocupem esses espaços”.

Segundo Ana Elise, a acessibilidade só será plena com a participação efetiva dos deficientes nos espaços culturais e o estabelecimento do diálogo com esse público. “É preciso que as entidades nos procurem para que possamos aperfeiçoar a acessibilidade”. Ela acrescenta que a Assembleia disponibiliza ônibus para transportar o público das instituições ao memorial.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

O debate sobre acessibilidade cultural vai além da construção de rampas e instalação de piso podotátil. A arte inclusiva deve pensar meios, como, a audiodescrição, a tradução em libras, uso de elementos olfativos e táteis.


Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/vidaearte/2013/06/06/noticiasjornalvidaearte,3069136/sentidos-da-arte-sobre-acessibilidade-cultural.shtml

terça-feira, 4 de junho de 2013

Projeto SuperAção realiza mais cinema com audiodescrição na Vila das Artes

Por assessoria de imprensa

Hoje (04) o Projeto SuperAção retoma suas atividades e realiza mais uma sessão de cinema com acessibilidade na Vila das Artes.

Desta vez, os alunos do Instituto Dr. Hélio Góes irão conferir todas as emoções do filme “Ricky”, audiodescrito por Bruna Leão e Klístenes Braga, produtores culturais e audiodescritores que coordenam o projeto.

O filme conta a história de Katie (Alexandra Lamy), uma mulher comum que trabalha numa fábrica e luta para cuidar de sua pequena filha. Até que ela conhece Paco (Sergi López), um homem comum. Algo mágico acontece: eles se apaixonam. Do amor dos dois surge um milagre - um bebê extraordinário chamado Ricky (Arthur Peyret).

O Projeto SuperAção teve início no ano passado e já realizou várias ações envolvendo a acessibilidade cultural de pessoas com deficiência visual, dentre elas uma sessão audiodescrita do filme “Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas”, de Tim Burton.


:: SERVIÇO
Cineclube CCBNB / Projeto SuperAção
Mostra Grandes Diretores do Cinema
Ricky / Direção: François Ozon (2009) / 90 minutos
Sessão com audiodescrição: 04/06/13, às 14 horas
Classificação: 14 anos
Local: Vila das Artes
Endereço: Rua 24 de Maio, 1221, Centro, Fortaleza, Ceará
Produção SuperAção: Klístenes Bastos Braga – Audiodescrição e Produção Cultural Acessível
Audiodescritores: Bruna Leão e Klístenes Braga
Contatos: (85) 9968.1555 / 8636.7200 / 9968.1991 / kbbraga@hotmail.com / b.matilde@hotmail.com / https://www.facebook.com/projetosuperacao 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Audiodescrição em pauta na mídia cearense no mês de junho

O jornal O Povo de hoje traz em seu caderno Opinião, um artigo sobre a audiodescrição, que foi tema da audiência pública realizada na Câmara Municipal de Fortaleza, no último dia 27, requerida pelo Vereador Acrísio Sena em atendimento à mobilização promovida pela ATAV Brasil, que contou a representação das pessoas com deficiência visual da Sociedade de Assistência aos Cegos, do Instituto Dr. Hélio Góes e da E.E.F. Instituto dos Cegos, e do Espaço Cultural Correios e do Memorial da Cultura Cearense do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, ambos equipamentos culturais de Fortaleza.

ARTIGO 03/06/2013
Você sabe o que é audiodescrição?

A Câmara de Vereadores de Fortaleza realizou, no dia 27 de maio, audiência pública para debater a necessidade de implantação da audiodescrição (AD) nos meios de comunicação e nos projetos e eventos culturais, sociais e esportivos do Município. Mas o que é a AD?

A audiodescrição é o recurso que permite a inclusão de pessoas com deficiência visual em cinema, teatro e programas de televisão. No Brasil, segundo dados do IBGE, existem aproximadamente 16,5 milhões de pessoas com deficiência visual total e parcial, excluídos da experiência audiovisual e cênica.

A AD é uma modalidade de tradução audiovisual desenvolvida para atender as necessidades da pessoa com deficiência visual, que consiste na análise criteriosa e consciente dos elementos de caráter visual que deverão ser traduzidos em palavras, relacionando e estabelecendo equivalências entre códigos diferentes de comunicação: unidades visuais e linguísticas.

A atividade é organizada, em todo o país, pela Associação dos Tradutores Audiovisuais do Brasil (Atav Brasil). É uma entidade civil, não governamental, sem fins lucrativos e econômicos, que congrega e representa os profissionais desta área. O objetivo é “traduzir” produções audiovisuais, compreendidas no universo do teatro, do cinema, da televisão e dos espaços museológicos, dentre outros, por meio de AD para pessoas com deficiência visual, Legendagem para Surdos e Ensurdecidos (LSE), Dublagem, Interpretação, Legendagem Interlinguística e Voice-over.

A Atav BRASIL, em parceria com o Grupo LEAD, da Universidade Estadual do Ceará (Uece), realizou a tradução de várias produções audiovisuais. O grupo é formado por graduados e pós-graduados nas áreas de letras, estudos da tradução e linguística aplicada com reconhecida experiência no mercado de tradução e acessibilidade audiovisual.

Estes profissionais merecem um maior reconhecimento por parte da sociedade e do poder público, assim como a luta das pessoas que lidam, diariamente, contra suas limitações físicas. A acessibilidade nos meios de comunicação é um tema que está em pauta no mundo todo. Os esforços neste sentido visam não apenas proporcionar o acesso a produtos culturais a uma parcela da população que se encontra excluída, como também estabelecer um novo patamar de igualdade baseado na valorização da diversidade.


Acrísio Sena
acrisiosenapt@gmail.com
Vereador (PT)


Fonte: http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2013/06/03/noticiasjornalopiniao,3067501/voce-sabe-o-que-e-audiodescricao.shtml#.UaxnmJpgDHo.twitter