O 66º Salão de Abril | Mostra Nacional 2015 contará com um projeto de acessibilidade voltado para pessoas com deficiência, utilizando-se de um conjuntos de estratégias e recursos, dentre eles a audiodescrição.
Considerado um dos mais disputados salões do país, o evento acontece de 10 de abril a 10 de maio.
A
Mostra Nacional do 66º Salão de Abril selecionou 30 trabalhos para
integrar a sua programação, que abre para visitação no dia 10 de abril e
segue até o dia 10 de maio, na Galeria Antônio Bandeira, no Centro
Cultural Banco do Nordeste (Rua Conde D’Eu, 560 – Centro). Com
inscrições de todas as regiões do país este ano, o público poderá
conferir um espaço diferenciado e com muitas novidades para vivenciar a
nova produção artística nacional e local que, dentre os selecionados,
conta com a participação de 13 cearenses.
A Comissão de Seleção foi constituída por três membros: a curadora,
pesquisadora e psicanalista Flavia Copas; a curadora e pesquisadora
Cecília Bedê; e a curadora, documentarista e mestra em artes visuais
Adriana Botelho. A comissão fez a seleção em etapa única no período de
24 a 27 de fevereiro de 2015, sem distinção de técnica ou categoria do
projeto/obra enviado.
O 66º Salão de Abril reforça seu importante papel no cenário cultural
cearense. E visando proporcionar a acessibilidade de pessoas com
deficiência, realizará uma série de ações assistivas com inovações
tecnológicas, contemplando várias categorias de acessibilidade
-arquitetônica, atitudinal, comunicacional e cultural.
O responsável pela elaboração das ações foi o especialista em
Acessibilidade Cultural Klístenes Braga, que ressalta a necessidade não
só dos espaços, mas da sociedade estar adaptada para receber as pessoas
com deficiência. “Os estudos no campo da tradução audiovisual acessível,
a criação e o desenvolvimento de tecnologias assistivas e a aplicação
do conceito de desenho universal nos equipamentos culturais têm
possibilitado às pessoas com deficiência uma participação mais efetiva
na vida cultural", explicou.
"A arte é um campo fértil para novas possibilidades e, esta edição do
Salão de Abril, ao se preparar para receber novos públicos, prepara a
sociedade para mais uma transformação de grande relevância para a nossa
cultura”, disse Klístenes Braga.
Considerando que a infraestrutura do Centro Cultural Banco do
Nordeste (CCBNB) possui rampas de acesso, foi instalado um percurso de
piso podotátil, que permitirá a orientação de pessoas com deficiência
visual, informando e direcionando o percurso da porta de entrada até a
galeria. Estarão disponíveis também recursos tecnológicos na própria
apresentação das obras, com tradução audiovisual por meio da
audiodescrição e etiquetas em braille para a acessibilidade do público
com deficiência visual, bem como de um mapa tátil com informações gerais
acerca do espaço e das obras que farão parte da exposição.
A equipe do CCBNB recebeu capacitação voltada para sensibilização no
atendimento à pessoa com deficiência. O enfoque foi nas perspectivas da
eliminação das barreiras atitudinais e da compreensão da acessibilidade
cultural direcionada para a fruição acessível em espaços museológicos. O
local contará ainda com o serviço de um intérprete de Libras para
tradução simultânea durante as visitas do público surdo.
Nesta edição, o edital distribuirá um montante de R$ 135.000,00,
sendo 30 prêmios de R$ 3.000,00 brutos para cada uma das 30 obras
selecionadas para compor a Mostra. Três prêmios de R$ 15.000,00 brutos
serão direcionados às obras premiadas dentre as 30 selecionadas.
Para os artistas, a Mostra possibilita não só a oportunidade de
representar a arte contemporânea no país, mas também de motivar a
expansão e valorização do segmento. O 66º Salão de Abril é uma
realização da Prefeitura Municipal de Fortaleza, por meio da Secretaria
de Cultura, com o apoio do Centro Cultural Banco do Nordeste e Projeto
de Acessibilidade de Leão & Braga Audiodescritores Associados.
Artistas selecionados
Os artistas selecionados para a Mostra Nacional deste 66º Salão de
Abril são: Rodrigo Moreira (São Paulo); Fernanda de Oliveira Antoun (Rio
de Janeiro); Rafael Vilarouca Peixoto Correia (Ceará); Geovana Correia
Nunes (Ceará); João Victor Silva Oliveira (Bahia); Cristiane Soares e
Silva (Ceará); Jose Bruno Faria Neto (Pernambuco); Mônica Justo da Silva
Schoenacker (São Paulo); Diego De Los Campos Orefice (Santa Catarina);
Sérgio Carvalho de Santana (Ceará); Naiana Magalhães Soares de Sousa
(Ceará); Leandro Alves (Ceará); Leandro Estevam Maciel de Jesus (Bahia);
Roberta Hammel Tassinari (Santa Catarina); Thiago Salas Gomes (São
Paulo); Narcelio Moreira Dantas (Ceará); Guilherme Martins (Goiás);
Amanda de Souza Meirelles (São Paulo); Juliane Peixoto Medeiros (Ceará);
Jonas Arrabal Aragutti (Rio de Janeiro); Clara Tavares Capelo Camanho
(Ceará); Tiago Nogueira Ribeiro (Bahia); Gabriel Schimidt Grecco (Rio de
Janeiro); Jared José Barbosa Domício (Ceará); Filipe Acácio Normando
(Ceará); Carlos Eduardo Campos Serejo (São Paulo); Juliana Ferreira
Pinto (Ceará); Pedro Augusto Gonçalves Ribeiro de Andrada (São Paulo);
José Carlos de Mélo (Pernambuco); e Francisco Flor – Coletivo Faz Cinema
(Ceará).
Sobre o 66º Salão de Abril
Lançado em 1943, como iniciativa da União Estadual dos Estudantes (UEE), o Salão de Abril foi encampado por artistas que atuavam na cidade. Foi assim que, a partir de sua segunda edição, em 1946, a Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP) assumiu sua realização, tornando-se a entidade responsável por sua continuidade, até 1958.
Lançado em 1943, como iniciativa da União Estadual dos Estudantes (UEE), o Salão de Abril foi encampado por artistas que atuavam na cidade. Foi assim que, a partir de sua segunda edição, em 1946, a Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP) assumiu sua realização, tornando-se a entidade responsável por sua continuidade, até 1958.
As exposições do Salão de Abril, contudo, não tiveram uma constância.
Houve um hiato nesta periodicidade logo depois de suas primeiras
edições. Somente em 1964, quando a administração municipal ratificou
publicamente a importância do Salão e tomou para si a responsabilidade
da realização anual do evento, o mesmo assumiu um papel de eixo da vida
cultural da capital cearense.
Nas sete décadas de existência e em 64 edições, nomes importantes
participaram de suas mostras. Em 2013, foram mais de 500 inscritos, o
que coloca o Salão de Abril entre os mais bem-sucedidos e disputados
Salões do País.
Sobre a curadora do 66º Salão de Abril
Flavia Corpas é curadora de artes visuais, pesquisadora e psicanalista. Finalizou seu doutorado, em 2014, na PUC/RJ, desenvolvendo pesquisa sobre o artista Bispo do Rosário. Em 2013, publicou, como organizadora e pesquisadora, o livro Arthur Bispo do Rosário: arte além da loucura, do crítico de artes Frederico Morais, com o patrocínio do edital Pró-Artes Visuais 2011. Neste mesmo ano, organizou e editou o livro Walter Firmo: um olhar sobre Bispo do Rosário, do fotógrafo Walter Firmo, patrocinado pelo Secretaria de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro. Em ambos os livros, constam textos de sua autoria.
Flavia Corpas é curadora de artes visuais, pesquisadora e psicanalista. Finalizou seu doutorado, em 2014, na PUC/RJ, desenvolvendo pesquisa sobre o artista Bispo do Rosário. Em 2013, publicou, como organizadora e pesquisadora, o livro Arthur Bispo do Rosário: arte além da loucura, do crítico de artes Frederico Morais, com o patrocínio do edital Pró-Artes Visuais 2011. Neste mesmo ano, organizou e editou o livro Walter Firmo: um olhar sobre Bispo do Rosário, do fotógrafo Walter Firmo, patrocinado pelo Secretaria de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro. Em ambos os livros, constam textos de sua autoria.
Dentre seus trabalhos como curadora se destacam as exposições Sansão,
do artista Daniel Senise, que será montada no Oi Futuro Flamengo em
setembro de 2015; Walter Firmo: um olhar sobre Bispo do Rosario, do
fotógrafo Walter Firmo (Caixa Cultural RJ/2013; Livre Galeria/2014),
MACLI – Mostra de Arte Contemporânea em Literatura Infantil (Livre
Galeria/2012; Caixa Cultural DF/2013; Caixa Cultural SP/2013-2014; SESC
Paraty/2014); Todo artista é um impostor, de Lula Wanderley (Livre
Galeria/2011); SESC Arte 24 horas (Cais do Porto-RJ/2010); À Mulheres:
seus desejos (Casa Alejandro de Humbolt, La Havana/Cuba) e o projeto
Cartografias da Criação (RJ e RS/2008).
Trabalhou, entre 2005 e 2008, no Museu Bispo do Rosário Arte
Contemporânea. Fundou, em 2011, no Rio de Janeiro, a Livre Galeria,
espaço dedicado às artes visuais e às suas articulações com os campos da
psicanálise, filosofia, literatura, cinema e ilustração. Neste espaço,
tem se dedicado a curadoria de diferentes exposições, buscando
apresentar novos artistas (como Katia Wille, Lauro Roberto, João
Bratkaskas e Raimundo Camilo) e artistas ainda não conhecidos no cenário
das artes no Brasil (como o russo Dmitry Sokolenco, a israelense Ofra
Amit, o belga Willian Gisgand e o norte-americano John Parra).
É docente do curso de Especialização em Acessibilidade Cultural da UFRJ, na disciplina Exposição Acessível.
::Serviço
Mostra Nacional do 66º Salão de Abril
Quando: 10 de abril a 10 de maio de 2015
Onde: Centro Cultural Banco do Nordeste (Rua Conde D’eu, 560 – Centro, Fortaleza – CE)
Mais informações: 3105.1339 / 3105.1392
Mostra Nacional do 66º Salão de Abril
Quando: 10 de abril a 10 de maio de 2015
Onde: Centro Cultural Banco do Nordeste (Rua Conde D’eu, 560 – Centro, Fortaleza – CE)
Mais informações: 3105.1339 / 3105.1392
Fonte: http://www.fortaleza.ce.gov.br/noticias/cultura/acessibilidade-marca-66o-salao-de-abril
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