quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Fortaleza Sedia o Encontro dos Conselhos Estaduais dos Direitos das Pessoas com Deficiência

Por Klístenes Braga

Os Conselhos Estaduais dos Direitos das Pessoas com Deficiência reúnem-se de hoje (07) até sexta-feira (09) em Fortaleza para tratarem do tema Participação e Controle Social das Políticas Públicas. O objetivo do encontro é fortalecer a articulação nacional entre os conselhos de direitos das pessoas com deficiência de cada estado, discutindo o envolvimento da sociedade na discussão das políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência.  

A solenidade de abertura do evento será nesta quarta-feira, a partir das 18h, no Auditório do Hotel Oásis Atlântico, localizado à Av. Beira Mar, nº 2500, Meireles, e contará com a presença da  Primeira   Dama,   Exma.   Sr.ª   Maria   Célia   Habib  Moura   Ferreira   Gomes,   do  Presidente do Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Sr.  Moisés Bauer Luiz, e do Secretário Nacional de Promoção dos Direitos das  Pessoas com Deficiência, Exmo. Sr. Antônio José Ferreira, que apresentará o  Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência – Viver sem Limites. O evento contará com a tradução simultânea da audiodescritora Bruna Leão da ATAV Brasil.

Nos dias 08 e 09, os Conselheiros discutirão a criação da Rede Nacional de Conselhos Estaduais de Direitos da Pessoa com Deficiência.

Para mais informações: 
CEDEF-CE - (85) 3101.2870
ATAV Brasil - (85) 8636.7200 / 8657.9021

Viva! Exposição VIVA Fortaleza com Audiodescrição e Legendagem para Surdos

Por Klístenes Braga

A exposição VIVA Fortaleza foi aberta ontem (06) para visitação no Memorial da Cultura Cearense – MCC e conta com recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência, dentre eles, a audiodescrição.

A exposição conta com fotos de acervos pessoais de fortalezenses, um registro de pessoas comuns em diversos lugares da Fortaleza compreendida no período de 1950 a 2010, além de imagens de objetos que fizeram parte do cotidiano das pessoas nesse intervalo de 60 anos, eletrodomésticos, artigos de vestuário, recortes da arquitetura da cidade em seu processo contínuo de modernização e a exibição dos vídeos Casa da Vovó, Supermemórias, Massafeira 30 Anos e Cidade Desterro, que trazem juntos 80 minutos de imagens da cidade nesse período que ficará eternizado pelo projeto, que foi coordenado por Patrícia Velloso.

Além da proposta inusitada de recriar o cotidiano de Fortaleza nessas seis décadas, a exposição se destaca também pela oferta de recursos de acessibilidade para os fortalezenses com deficiência que desejem conhecer em detalhes esse cotidiano. Em parceria com a ATAV Brasil, que realizou a audiodescrição e a legendagem dos vídeos e a audiodescrição das fotos da exposição, o MCC disponibilizou monitores e fones de ouvido para que os visitantes com deficiência visual acessem as imagens por meio da audiodescrição e os surdos acessem o conteúdo sonoro por meio da legendagem. Para Lara Andrade, que é deficiente visual funcionária do MCC e foi consultora do trabalho de audiodescrição, o recurso possibilita ao público com deficiência visual mais autonomia na visitação. Contudo, Lara aponta que são necessários outros recursos integrados para ampliar essa autonomia, como é o caso do audioguia, que o MCC pretende disponibilizar no próximo ano por meio da aquisição de tablets, favorecendo portabilidade ao visitante e a integração da janela de LIBRAS, por exemplo, atendendo a necessidade do público surdo também.

Segundo as audiodescritoras da exposição, Élida Gama e Marisa Aderaldo, é muito importante ver que as portas dos equipamentos culturais de Fortaleza estão se abrindo cada vez mais para a acessibilidade das pessoas com deficiência. Para Élida, o grande desafio na tradução audiovisual da exposição VIVA Fortaleza foi a pesquisa minuciosa que realizaram sobre aquelas imagens que retratam Fortaleza nos últimos 60 anos. “A Fortaleza de 1970 não é Fortaleza de 2010 e, embora tenha sido muito bom ver a cidade desse período, principalmente, o mais remoto, foi um trabalho árduo”, completou Élida, que é associada fundadora da ATAV Brasil e pesquisadora do grupo LEAD da UECE. A pesquisadora fez questão de destacar também o apoio recebido pelo grupo Acesso do MCC, que vem desenvolvendo ações inclusivas naquele equipamento.

Foto: da esquerda para a direita, Élida Gama, Patrícia Velloso e Marisa Aderaldo.

Para Marisa, as fotos em movimento projetadas na parede foi um desafio a mais, pois a dinâmica da exposição precisa ser seguida pela audiodescrição, e a seleção das informações sobre aquelas imagens que caberiam dentro do espaço que se dispunha para descrever era o grande “X” da questão. “É preciso equacionar a linguagem feita para ser vista com a linguagem a ser transmitida em palavras, de forma que não esgote as possibilidades dos visitantes”, ressaltou Marisa. Para a tradutora da ATAV e professora da UECE, tão importante quanto decidir sobre o que é preciso descrever, é decidir o que não será preciso descrever.

A exposição ficará aberta até o dia 24 de abril de 2012 e a entrada é franca.

SERVIÇO:
Exposição VIVA Fortaleza 1950 – 2010
Memorial da Cultura Cearense – Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Piso térreo, acesso pela entrada principal (Av. Presidente Castelo Branco)
Aberto diariamente, de terça a quinta-feira, das 9h às 19h, e sexta, sábado e domingo, das 14h às 21h
Mais informações e agendamento de grupos: (85) 3488.8611

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Projeto Multiacesso do CUCA recebe pessoas com deficiência visual na Semana Nacional da Consciência Negra

Por Klístenes Braga

A Literatura foi a linguagem escolhida este mês para a atividade promovida pelo projeto Multiacesso do CUCA Che Guevara, que contou com a participação de jovens e adultos com deficiência visual do Instituto Dr. Hélio Góes e demais usuários da Biblioteca do equipamento.

O projeto promove experiências construtivas sob a perspectiva da acessibilidade de pessoas com deficiência às manifestações artísticas e culturais e práticas esportivas. Este mês foi a vez dos alunos do Instituto Dr. Hélio Góes, instituição pertencente à Sociedade de Assistência aos Cegos do Ceará - SAC, que em 2012 completará 70 anos de serviços prestados à sociedade cearense.

A atividade literária “Afrocontos” foi conduzida por Josy Correia e Júlia Fiúza da Cia. Catirina, que encantaram o público presente à Biblioteca esta tarde com suas histórias, músicas e sons, narrando a mitologia dos orixás e a tradição oral afro-brasileira. A escolha da atividade fez alusão à comemoração da Semana Nacional da Consciência Negra, que acontece desde o último dia 21.

Ao final da envolvente apresentação da dupla da Cia. Catirina, a jovem Tainá, aluna do Instituto Dr. Hélio Góes, leu um trecho do livro A Cidade das Verduras em braille, de autoria de sua colega Rozelane Pessoa. Após a leitura de Tainá, o Prof. Paulo Roberto Cândido de Oliveira, Presidente da Academia de Letras e Artes da Sociedade de Assistência aos Cegos – ALASAC, doou à Biblioteca do CUCA os títulos Viagem ao Céu Particular e a Certeza de que o Mundo Precisa de Poesia, de sua autoria, As Aventuras Noturnas de Soneca e Bocejo, de Maria Fátima da Silva, A Cidade das Verduras, de Rozelane Pessoa, e Sociedade de Assistência aos Cegos – 60 Anos: Ensinando a Ver o Mundo, de Blanchard Girão. O público ainda foi presenteado com os versos do cordelista com deficiência visual, Celso Florêncio do Nascimento, e a biblioteca com a doação de sua obra intitulada Otimismo em Gotas.


Serviço:
Projeto Multiacesso – CUCA Che Guevara
Av. Presidente Castelo Branco, nº 6417 – Barra do Ceará
Fones: (85) 3237.4488 / 3237.4223
Blog: cucacheguevara.blogspot.com
Twitter: @cucacheguevara


Academia de Letras e Artes da Sociedade de Assistência aos Cegos - ALASAC
Av. Bezerra de Menezes, nº 892 – São Gerardo
Fones: (85) 3206.6800
Fax: (85) 3206.6836

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Presidenta Dilma lança Viver sem Limite nesta quinta (17)

Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência prevê investimentos federais de R$ 7,6 bilhões até 2014 para ações de educação, saúde, inclusão social e acessibilidade

A presidenta Dilma Rousseff lança nesta quinta-feira (17), em Brasília, o Viver sem Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Por meio de ações estratégicas em educação, saúde, inclusão social e acessibilidade, o Plano tem como objetivo promover a cidadania e fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade, promovendo sua autonomia, eliminando barreiras e permitindo o acesso e o usufruto, em bases iguais, aos bens e serviços disponíveis a toda a população. A cerimônia de lançamento será às 11h, no Palácio do Planalto.

O Viver sem Limite tem metas para serem implantadas até 2014 com previsão orçamentária de R$ 7,6 bilhões. As ações previstas serão executadas em conjunto por 15 órgãos do Governo Federal, sob a coordenação da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR). Dados do Instituto Brasileiro de Estatísticas e Geografia (IBGE) de 2010 apontam que 23,91% da população brasileira possuem algum tipo de deficiência, totalizando aproximadamente 45,6 milhões de pessoas.

Na área de educação, o Plano prevê ações como a disponibilização do transporte escolar acessível, que viabilizará o acesso dos alunos com deficiência às instituições de ensino; a adequação arquitetônica de escolas públicas e instituições federais de ensino superior, dotando-as de condições adequadas de acessibilidade; implantação de novas salas de recursos multifuncionais e a atualização das já existentes; e a oferta de até 150 mil vagas para pessoas com deficiência em cursos federais de formação profissional e tecnológica. Neste eixo, serão investidos, até 2014, R$ 1,8 bilhão.

Na saúde serão investidos R$ 1,4 bilhão para ampliação das ações de prevenção às deficiências, criação de um sistema nacional para o monitoramento e a busca ativa da triagem neonatal, com um maior número de exames no Teste do Pezinho. Haverá ainda expressivo fortalecimento das ações de habilitação e reabilitação, atendimento odontológico, ampliação das redes de produção e acesso a órtese e prótese. Também terá reforço de ações clínicas e terapêuticas, com a elaboração e publicação de protocolos e diretrizes de várias patologias associadas à deficiência.

Para a promoção da inclusão social, serão implantados Centros de Referência, com a finalidade de oferecer apoio para as pessoas com deficiência em situação de risco, como extrema pobreza, abandono e isolamento social, com previsão orçamentária de R$ 72,2 milhões.

O eixo Acessibilidade prevê ações conjuntas entre União, estados e municípios, com investimento previsto de R$ 4,1 bilhões. O Programa Minha Casa, Minha Vida 2, por exemplo, terá 100% das unidades projetadas com possibilidade de adaptação, ou seja, 1 milhão e 200 mil moradias que podem ser habitadas por pessoas com deficiência. Serão criados, também, cinco centros tecnológicos para a formação, em nível técnico, de treinadores e instrutores de cães-guias em todas as regiões do País. Atualmente, só existem dois instrutores qualificados no Brasil. Ações de mobilidade urbana do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) e da Copa de 2014 cumprirão os requisitos de acessibilidade.

Além da SDH/PR, integram o Viver Sem Limite a Casa Civil, Secretaria-Geral da Presidência da República, Ministérios da Educação, Saúde, Trabalho e Emprego,  Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Esporte, Ciência, Tecnologia e Inovação, Cidades,  Fazenda, Planejamento, Comunicações, Previdência Social e Cultura.
 
Viver sem Limite - Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Data: 17 de novembro de 2011
Horário: 11h
Local: Palácio do Planalto. Praça dos Três Poderes, Brasília-DF

Assessoria de Comunicação Social
2025.7941/7942
www.direitoshumanos.gov.br
 
Assessoria de Comunicação Social
 
Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/noticias/presidenta-dilma-lanca-viver-sem-limite-nesta-quinta-17
 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

UnB Oferece Curso de Audiodescrição

Curso de Extensão em Audiodescrição: Roteiro e Narração

Ministrantes: Prof. Dr.ª Soraya Ferreira Alves / Prof. Ms. Charles Rocha Teixeira (LET – UnB).

Data: 28 de novembro a 03 de dezembro.

Horário: segunda a sexta de 14h às 18h e sábado de 08h às 12h e de 14h às 18h.

Carga horária total: 30 horas.

Nº de vagas: 20.

Local: ICC –SUL , sala B1 261 - Campus Darcy Ribeiro – UnB.

Valor da inscrição: R$ 150,00 para a comunidade interna (alunos, professores e técnicos da UnB) e R$ 300,00 para a comunidade externa à UnB.

Público alvo: Professores e alunos dos cursos de Letras, Tradução, Comunicação Social, Educação, Artes, profissionais que atuam na área de inclusão social e demais interessados.

Período de matrículas: 04 a 28 de novembro

Informações e Matrículas: www.unbidiomas.unb.br ou no Posto Avançado do UnB Idiomas – ICC ala sul, sala CSS 72 (subsolo). Fones: 3107-7223 e 3107-7224

Fonte: enviado por Prof.ª Dr.ª Soraya Ferreira Alves.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

CAMPEONATO BRASILERO DE BASQUETE EM CADEIRA DE RODAS ACONTECE EM FORTALEZA

Por Klístenes Braga

A Associação dos Deficientes Motores e a Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas realizam esta semana o Campeonato Brasileiro de Basquete em Cadeira de Rodas da terceira divisão no Ginásio Poliesportivo do CUCA Che Guevara, equipamento cultural da Prefeitura Municipal de Fortaleza, situado na Barra do Ceará.

Atleta ADEFAL (AL)

A história do Basquete em Cadeira de Rodas no Brasil começou em 1958, quando Clube dos Paraplégicos de São Paulo e Amigos do Basquete do Rio de Janeiro disputaram a primeira partida que se tem registro. Somente em 1999 foi disputado o primeiro campeonato brasileiro da modalidade, mesmo ano que foi criada a Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC).

O campeonato, que este ano chega a sua 12ª edição, conta com as equipes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Piauí, Alagoas, Goiás, Pernambuco, São Paulo, Pará e Ceará disputando a terceira divisão. Além do campeonato brasileiro, a CBBC promove os campeonatos regionais e o brasileiro de regiões.

ASCAMTI (PI) x ADEFAL (AL)

Segundo José Fernando da Silva, membro do Conselho Fiscal da CBBC e Presidente da Associação dos Deficientes de Aparecida de Goiânia, a carência de profissionais qualificados para desenvolver paradesportos e a falta de apoio na divulgação são os maiores desafios das modalidades esportivas adaptadas para pessoas com deficiência. José Fernando chama atenção para a mudança no cenário da pessoa com deficiência no mundo, que está bem diferente do que dez anos atrás. “Hoje, os maiores fornecedores de matéria-prima dos paradesportos são os acidentes de trânsito e de trabalho, diferentemente do que se configurava antigamente, quando a deficiência tinha origem na pobreza e em doenças”, concluiu o conselheiro da CBBC, que teve poliomielite.

O CUCA Che Guevara por sua vez, vem desenvolvendo um projeto intitulado Multiacesso, voltado para a acessibilidade das pessoas com deficiência à sua programação artística, cultural e esportiva, cujo propósito é realizar e abraçar  ações que favoreçam o reconhecimento social de todos os indivíduos, favorecendo seu pleno desenvolvimento e interação social. Este ano, o CUCA realizou o Encontro com o Escritor com a participação da modelo surda Vanessa Vidal, autora do livro “A Verdadeira Beleza”, e de Cassia Regina e Mariana Gurgel, organizadoras do livro “Mariana, um facho de luz”, que conta a história de superação de Mariana, que tem síndrome de Down, nos meses de junho e setembro, respectivamente. Dessa forma, a realização do Campeonato Brasileiro de Basquete em Cadeira de Rodas no CUCA foi abraçada pelo projeto, que se encontra aberto a novas atividades de acessibilidade.

Mais informações sobre basquete em cadeira de rodas:
Comitê Paraolímpico Brasileiro – CPB: www.cpb.org.br.
Associação dos Deficientes Motores: admceara@hotmail.com.
Associação dos Deficientes de Aparecida de Goiânia: adap.basquetebol@gmail.com.

Curiosidade:
A 1ª cadeira de rodas que chegou ao Brasil foi trazida pelo paulista Sergio Delgrande em 1958.

Serviço:
Campeonato Brasileiro da Terceira Divisão de Basquete em Cadeira de Rodas
Data: de 25 a 29 de outubro de 2011
Horário: a partir das 8h
Local: Ginásio Poliesportivo do CUCA Che Guevara, Av. Pres. Castelo Branco, 6417, Barra do Ceará, Fortaleza-CE
Entrada franca

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Seminário Ética e Inclusão Social

A Universidade Corporativa em parceria com a Comissão de Ética do Banco do Nordeste promove o Seminário Ética e Inclusão Social

Para refletir sobre o tema, contaremos com a presença de palestrantes que debaterão com o público conhecimentos éticos e de ações voltadas para a inclusão social.

As palestrantes convidadas são: Vera Santiago, Doutora em Letras pela USP, professora adjunta da UECE e pesquisadora CNPq, e Cássia Regina, Pós-graduada em Psicologia Transpessoal e Presidente do INEC.

Data: 23 de setembro
Horário: 8h30 às 11h30
Público-alvo: Funcionários e Bolsistas do Banco lotados em Fortaleza
Local: Auditório Prof. Celso Furtado – Fortaleza

Vagas limitadas!

Para participar do evento, encaminhe mensagem para a caixa postal Universidade Corporativa Banco do Nordeste (com cópia para o gestor da sua Unidade), confirmando até o dia 22 de setembro. Outras informações poderão ser obtidas com NAIRA Rafaela Honorato Martins C006368 ou SILVIA Regina da Silva Meyer C008727.

Fonte: Banco do Nordeste – Universidade Corporativa

De Boca em Boca: um filme para todo mundo

Vez da Voz produz curta com áudio, legenda, tradução em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e Audiodescrição Lançamento no Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes: 21 de setembro.

Segundo dados do IBGE, existem hoje no Brasil 24,5 milhões de pessoas com deficiência. E deste universo, cerca de 1,5 milhão vivem na cidade de São Paulo. Esses números dão uma ideia da importância do lançamento do curta-metragem De Boca em Boca no Centro Cultural São Paulo, que tem como objetivo promover a reflexão e uma mudança de comportamento na população brasileira. Realizar ações assertivas, quando se trata de promover a acessibilidade da cultura, nem sempre é muito simples. É por esta razão que a ONG Vez da Voz lança na Sala Lima Barreto do CCSP, 21/09 (qua.), às 15h, o curta-metragem De boca em Boca, que enfoca as dificuldades e as possibilidades de inclusão da pessoa com deficiência em diversas atividades cotidianas, além de instigar a população a se colocar no lugar dos deficientes e pessoas que têm mobilidade reduzida. 

Popularizar a utilização de ferramentas de inclusão e acesso aos bens culturais é um dos objetivos principais do CCSP, que além da biblioteca Louis Braille, voltada para cegos, oferece aos deficientes visuais uma estrutura totalmente equipada e adaptada a eles: mapas táteis que permitem a orientação espacial em todos os acessos e andares, computadores adaptados, cursos voltados à linguagem braile para funcionários do CCSP, sistema de audiodescrição de filmes, peças teatrais, contação de histórias para crianças surdas, entre outras atividades, são apenas alguns exemplos de atividades que integram o programa de acessibilidade do CCSP.

"Nossa intenção é fazer com que as pessoas coloquem a cidadania em prática e se preparem para lidar com o diferente. Conseguir produzir esse curta, que poderá ser assistido por pessoas surdas, cegas e sem deficiência "aparente" é uma grande realização e mostra que é possível fazer uma comunicação para todos", afirma Cláudia Cotes, presidente da ONG Vez da Voz. O filme foi produzido em 2010 pela Vez da Voz em parceria com a Inclusiva Filmes por uma equipe de 14 voluntários com e sem deficiência. Foi gravado nas ruas de São
Paulo, sem nenhum tipo de apoio ou patrocínio e é também voltado para o público em geral.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Mestrandos do Programa de Pós-Graduação da UECE defendem dissertações sobre Audiodescrição

Os pesquisadores e audiodescritores do Grupo LEAD, Juarez Nunes de Oliveira Júnior e Klístenes Bastos Braga, ambos do Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual do Ceará (UECE), concluíram e defenderam suas dissertações no mês de agosto de 2011, cuja temática versa sobre a audiodescrição para as artes visuais e para o cinema.

O trabalho de Juarez Oliveira intitulado “Ouvindo Imagens: A Audiodescrição de Obras de Aldemir Martins”, trata-se de uma pesquisa descritiva e propõe a audiodescrição de obras de arte para pessoas com deficiência visual em museus, a partir de roteiros de AD elaborados para quatro pinturas do artista cearense Aldemir Martins, que se encontram em exibição no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Já o trabalho de Klístenes Braga intitulado “Cinema Acessível para Pessoas com Deficiência Visual: A Audiodescrição de O Grão de Petrus Cariry”, é uma pesquisa descritivo-exploratória que investiga a tradução audiovisual do cinema para pessoas com deficiência visual, por meio da audiodescrição do filme O Grão, do cineasta cearense Petrus Cariry, e traz o resultado de uma pesquisa de recepção feita com dois grupos de espectadores com deficiência visual.

As duas pesquisas têm orientação da Prof.ª Dr.ª Vera Lúcia Santiago Araújo da UECE e estão inseridas no Projeto de Cooperação Acadêmica – PROCAD 008/2007, intitulado “Elaboração de um modelo de audiodescrição para cegos a partir de subsídios dos estudos de multimodalidade, semiótica social e estudos da tradução”, celebrado entre o grupo LEAD (Legendagem e Audiodescrição) da UECE, que desenvolve pesquisas no Laboratório de Tradução Audiovisual (LATAV) do Centro de Humanidades da universidade, e o LETRA (Laboratório Experimental de Tradução) da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

As dissertações supracitadas encontram-se no prelo. Seguem abaixo seus respectivos resumos:

Ouvindo Imagens: A Audiodescrição de Obras de Aldemir Martins
Autor: Juarez Nunes de Oliveira Júnior

Resumo: Os estudos da tradução audiovisual têm contribuído para tornar acessíveis os produtos midiáticos para deficientes auditivos e deficientes visuais. Desta forma, trabalhos acadêmicos cujo enfoque é a legendagem para surdos e ensurdecidos (LSE) e a audiodescrição (AD) para deficientes visuais (DVs) de obras cinematográficas e programas de TV estão em estágio avançado. A audiodescrição é a tradução em palavras das impressões visuais de um objeto, seja ele um filme, uma obra de arte, uma peça de teatro, um espetáculo de dança ou um evento esportivo. Todavia, pesquisas em audiodescrição cujo escopo aborda obras de arte em museus ainda não fornecem subsídios relevantes para que parâmetros sejam delineados. Apesar de os estudos da multimodalidade, por outro lado, mostrarem-se relevantes ao propor a leitura sistematizada de esculturas, imagens e pinturas em exibição em museus, a proposta multimodal não contempla os deficientes visuais. Com o objetivo de transpor essa barreira, a presente pesquisa descritiva, que está inserida no Projeto de Cooperação Acadêmica – PROCAD 008/2007 – intitulada “Elaboração de um modelo de audiodescrição para cegos a partir de subsídios dos estudos de multimodalidade, semiótica social e estudos da tradução” celebrada entre dois grupos de pesquisa (LETRA/FALE/UFMG e LATAV/CH/UECE), propõe a audiodescrição de obras de arte para deficientes visuais em museus, tendo como aporte teórico os estudos da tradução audiovisual, mais especificamente nos estudos pioneiros de De Coster e Mühleis (2007) e Holland (2009), e os estudos da multimodalidade desenvolvidos por O’Toole (1994) e Kress e van Leeuwen (1996). A partir dessa interface, roteiros de AD foram elaborados para quatro pinturas do artista cearense Aldemir Martins, que se encontram em exibição no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará. Apesar de o modelo aqui proposto ainda não ter sido devidamente testado pelo público de DVs, verificou-se que ao término da pesquisa o resultado pretendido foi alcançado, haja vista os roteiros de AD para obras de arte contemplarem os estudos da tradução audiovisual e da multimodalidade. Ainda, espera-se que esta investigação forneça uma contribuição para inclusão dos DVs aos espaços museológicos, bem como sugerir parâmetros para o audiodescritor em formação.

Cinema Acessível para Pessoas com Deficiência Visual: A Audiodescrição de O Grão de Petrus Cariry
Autor: Klístenes Bastos Braga

Resumo: Esta dissertação investiga a tradução audiovisual do cinema para pessoas com deficiência visual por meio da audiodescrição (AD) do filme O Grão, com base nos fundamentos teóricos de análise de AD, elaborados por pesquisadores espanhóis, principalmente. Segundo dados do IBGE (2000), somente no Ceará, são quase um milhão de pessoas com deficiência visual, que se encontram excluídas do contexto sociocultural e intelectual relacionado às produções cinematográficas. A AD, por sua vez, é uma modalidade de tradução audiovisual intersemiótica e consiste na descrição das informações que apreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, nem na trilha sonora, tornando assim o cinema acessível também para quem não enxerga. A AD se trata, então da tradução das imagens em palavras. O corpus deste trabalho é constituído pelo filme O Grão, drama produzido pela Iluminura Filmes em 2007 e dirigido pelo cineasta cearense Petrus Cariry, que narra a história de Perpétua, uma velha senhora que, ao sentir a presença da morte, resolve preparar Zeca, o seu querido neto, para a separação que se aproxima, contando-lhe a história de um rei e uma rainha que perderam seu único filho. Enquanto Perpétua conta a história, Damião e Josefa trabalham para sustentar a família e preparar o casamento de sua filha Fátima. A metodologia do trabalho compreende uma dimensão descritiva, que classificou e analisou todas as inserções das descrições contidas no roteiro de AD, e outra exploratória, que aplicou um teste de recepção sobre a AD do filme, considerando duas variáveis: o espectador com deficiência visual e o gênero do filme. As hipóteses deste trabalho argumentam que não há diferença de recepção entre os dois grupos analisados, tanto os participantes com deficiência visual total e congênita, como os participantes com baixa visão, entenderam e apreciaram O Grão, apesar de ser um filme com poucos elementos acústicos, e acompanharam a caracterização dos personagens e a ambientação. A coleta de dados foi feita com a leitura e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, a aplicação dos questionários pré e pós coleta, anotação dos relatos retrospectivos e a filmagem de todo esse processo. Além de melhorar a compreensão do filme, conclui-se que a AD dos ambientes, do tempo em que se passam as cenas e das características dos personagens do filme foi eficientes para os quatro participantes da pesquisa, de forma que todos conseguiram alcançar um nível satisfatório de compreensão da narrativa e percepção dos elementos visuais da obra, independentemente, do grau de acuidade visual de cada um. Pode-se concluir ainda que um filme considerado difícil para a maioria dos espectadores, que foge à narrativa clássica do cinema de Hollywood, pode ser apreciado por uma audiência com deficiência visual a partir da AD.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Palestra na UFJF aborda tradução audiovisual


"Dar acesso é dar escolhas". A afirmação da professora Vera Lúcia Santiago de Araújo, pós-doutora em Linguística Aplicada, na palestra "Tradução e acessibilidade: avanços, transformações e perspectivas", ratifica a ideia de que os deficientes auditivos e visuais não devem ser tratados com diferença. Incluir esse público a apreciação de produtos audiovisuais, segundo ela, representa esforço mínimo. Isso porque a adoção de parâmetros semelhantes de tradução para ouvintes, não ouvintes, cegos ou pessoas de baixa visão tem baixo custo e ainda garante aumento de espectadores para essas produções.
Ministrada no dia 29 de agosto, no anfiteatro do Instituto de Ciências Exatas, a palestra abordou esses parâmetros - redução de palavras repetidas, condensação de sentidos na audiodescrição, segmentação visual, retórica e gramatical da legenda- e ainda apresentou alguns materiais desenvolvidos no Laboratório de Tradução Audiovisual do Centro de Humanidades da Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Segundo Vera Lúcia, o governo atua com decreto que exige parte da programação traduzida, com legendas, janelas em Língua Brasileira de Sinais (Libras) ou audiodescrição, porém os produtores resistem e incluem traduções de baixa qualidade. "É preciso estabelecermos um diálogo com produtores de filmes, peças e programas de TV para que eles incluam a tradução nas suas obras", afirma a pós-doutora.
A palestra é parte do projeto “Tradução Audiovisual e Acessibilidade: avanços, transformações e perspectivas”, parceria do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Diversidade (Neped) da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e o Centro de Educação a Distância da UFJF (Cead/UFJF).
Segundo o coordenador do projeto, professor Carlos Rodrigues, a primeira ação concreta da parceria é a formação de intérpretes para janelas a serem inseridas em filmes e videoaulas. "O Neped, o Cead e a professora Vera vão trabalhar juntos e treinar pessoas para essas janelas. Vamos constituir um espaço na Universidade para formação de audiodescritores e legendistas de qualidade, fundamentados nas pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório de Tradução Audiovisual".

sábado, 27 de agosto de 2011

Pessoas com deficiência sensorial têm acesso à exposição Diálogos em Fortaleza


A exposição Diálogos, que apresenta retratos de artistas cearenses feitos por Fernando França, teve abertura na última quarta-feira (24) no Memorial da Cultura Cearense (MCC), localizado no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. A visitação é gratuita e acessível para pessoas com deficiência sensorial e pode ser feita de terça a quinta, das 9h às 19h, e de sexta a domingo, das 14h às 21h.

A exposição possui 23 retratos de óleo sobre tela e trazem mensagens pintadas pelos próprios artistas retratados, sugerindo o diálogo e permitindo uma coleção de estilos muito ampla. Estrigas, Joyce Juaçaba, Zé Tarcísio, Descartes Gadelha, Vando Figueiredo e Claudio Cesar, são alguns dos artistas retratados.

A acessibilidade para pessoas com deficiência visual foi feita pela equipe do projeto Acesso, de responsabilidade do Memorial da Cultura Cearense, por meio da audiodescrição, que contou com a orientação e revisão da audiodescritora Marisa Aderaldo, associada da Associação dos Tradutores Audiovisuais do Brasil – ATAV Brasil, entidade sem fins lucrativos que congrega e representa profissionais de tradução audiovisual, cujo objetivo é tornar as produções audiovisuais compreendidas no universo do teatro, do cinema, da televisão e dos espaços museológicos, dentre outros, acessíveis para pessoas com deficiência sensorial. Marisa é doutoranda pela Universidade Federal de Minas Gerais e professora e pesquisadora em tradução audiovisual pela Universidade Estadual do Ceará, com projeto de pesquisa voltado para a AD de obras de arte.

A exposição conta ainda com desenhos das obras em auto-relevo, textos de leitura em Braille e LIBRAS.

Espaço Cultural Correios realiza ações de acessibilidade para pessoas com deficiência


Por Assessoria de Imprensa

A exposição “Arte no Maciço de Baturité”, em cartaz no Espaço Cultural Correios (ECC), recebeu na última terça-feira (23), 16 alunos com deficiência visual da Associação de Cegos do Estado do Ceará (ACEC), visita mediada pelo educador com deficiência visual Júlio César Costa Valério, cedido pelo Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em parceria com o Memorial da Cultura Cearense. Os alunos contaram com as matrizes das xilogravuras, que puderam ser tocadas, ampliando a fruição dos jovens da ACEC. No dia seguinte, o Espaço Cultural Correios oportunizou a visitação dos alunos com deficiência intelectual da Instituição Pestalozzi.

A exposição “Arte no Maciço de Baturité” conta com 26 obras de importantes artistas daquela região cearense, nos estilos pintura, xilogravura e escultura. A curadoria da exposição é de Francisco Tavares.

O Memorial da Cultura Cearense (MCC) é o responsável pelo projeto intitulado Acesso, desde 2006, e tem favorecido o acesso de pessoas com deficiência a espaços culturais.

A exposição “Arte no Maciço de Baturité” ficará em cartaz no ECC, situado à Rua Senador Alencar, nº 38, até o próximo dia 10, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e aos sábados, das 8h às 12h, com entrada franca.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Ceará será 1º Estado a receber o projeto Caravana Direitos Humanos pelo Brasil


Criar um canal de interação direta com a sociedade, articulando ações conjuntas com os governos estaduais e municipais na promoção e defesa dos Direitos Humanos. Este é o objetivo do projeto “Caravana Direitos Humanos pelo Brasil” que a Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) lança na próxima semana em Fortaleza/CE.
O projeto consiste no deslocamento de setores da SDH para desenvolver atividades em determinadas regiões do País. No decorrer do projeto, representantes de todas as áreas temáticas da SDH percorrerão o país para identificar as principais violações de direitos e atuar para combatê-las.
Nesta primeira etapa do projeto, estão previstas atividades em pelo menos uma capital das cinco regiões do País (Norte, Nordeste, Sul, Centro-este e Sudeste). A primeira caravana, que ocorre entre os dias 18 e 19 de agosto, será em Fortaleza. Durante os dois dias de evento, serão realizadas atividades como seminários, palestras, oficinas e audiências públicas sobre questões de direitos humanos. As atividades são voltadas para a comunidade, entidades ligadas ao tema, ONGs, gestores públicos, profissionais da área e os poderes Legislativo e Judiciário.
A expectativa em torno do projeto, de acordo com o Secretário Executivo da SDH, Ramaís Silveira, é de que haja uma ampla mobilização em todos os estados brasileiros entre a comunidade, autoridades, entidades de direitos humanos e movimentos sociais em torno das temáticas que serão abordadas pelas Caravanas.
“Com as caravanas, esperamos mobilizar a opinião pública local, em cada estado da federação, para mostrarmos que as questões de direitos humanos vão muito além daqueles conceitos clássicos que já estão reconhecidos pela sociedade. Vamos tratar de temas relacionados aos direitos das pessoas idosas, mulheres, pessoas com deficiência, proteção de crianças e adolescentes, segurança pública, direito à saúde, educação e até mesmo ao registro civil de nascimento”, explicou Ramaís.
Caravana Direitos Humanos pelo Brasil – O ato de lançamento do projeto será no Palácio da Abolição, sede do governo do Ceará, às 10h do próximo dia 18. Além da ministra da SDH, Maria do Rosário, participam do evento o governador do estado, Cid Gomes, e a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins.
Programação completa em:

http://www.direitoshumanos.gov.br/2011/08/11-ago-2011-ceara-sera-o-1o-estado-a-receber-o-projeto-caravanas-de-direitos-humanos-pelo-brasil

Fonte: Secretaria de Direitos Humanos

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Visita do Secretário Antônio José Ferreira ao Ceará conta com AD

Por Assessoria de Imprensa

O Secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Presidência da República, Sr. Antônio José Ferreira, que participará do lançamento da Caravana dos Direitos Humanos, nos próximo dias 18 e 19 em Fortaleza, visita nesta quarta-feira (17) várias instituições voltadas para a inclusão das pessoas com deficiência no Ceará. O visitante será acompanhado pela audiodescritora da ATAV Brasil, Bruna Leão, durante toda a programação, com início previsto para as 8 horas, quando será apresentado o programa Ceará Acessível, no gabinete da primeira dama, Maria Célia Habib Moura Ferreira Gomes. Na sequência, o Secretário assistirá as apresentações do Abrigo Desembargador Olívio Câmara – ADOC, que atende pessoas com deficiência cognitiva em situação de abandono, e do Centro Profissionalizante para Pessoas com Deficiência, ambas no auditório da Praça Luiza Távora. Em seguida, o Secretário segue para o Centro de Referência em Educação e Atendimento Especializado do Ceará, e depois visitará a Apae de Fortaleza, a Associação dos Cegos do Estado do Ceará - ACEC, a Associação Desportiva dos Deficientes do Estado do Ceará e o Instituto Filippo Smaldone.

A audiodescrição (AD) feita por Bruna, que já trabalha com AD ao vivo desde 2008, e é pesquisadora do programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade Estadual do Ceará (UECE), com ênfase em AD voltada para o teatro, e associada fundadora da ATAV Brasil, será feita em todos espaços visitados pelo Secretário, e contemplará as apresentações que o mesmo assistirá.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

ATAV, LEAD e UECE Promovem Palestra sobre AD para pessoas com Deficiência Intelectual



Descrição da imagem:

[Retângulo vertical divido ao meio por uma linha diagonal com inclinação para a direita. Na parte superior, fundo laranja]

[Em letras brancas] Palestra:

[Em letras azuis com contorno branco] A Audiodescrição para o Deficiente Intelectual: Um Novo Público, Uma Nova AD? [Abaixo deste título, há uma linha branca horizontal]

[Em letras pretas e em destaque pelo tamanho da letra] Eliana P. C. Franco

[Em letras pretas] Professora do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Coordenadora do Projeto TRAMAD
Pós-Doutora UAB

[Em letras azuis] Inscrições gratuitas [As palavras estão dentro de um elipso com fundo amarelo]

[Do lado direito da elipse está o logotipo convencionado para a audiodescrição. Em letras maiúsculas A D na cor preta. Depois da letra D há três linhas curvas também na cor preta que remetem a ondas acústicas]

[Na parte inferior, fundo azul]

[Em letras brancas] Data: 08/08/2011
Horário: 15h
Local: Laboratório de Tradução Audiovisual - LATAV

[Em letras brancas] Centro de Humanidades
Universidade Estadual do Ceará
Av. Luciano Carneiro, nº 345 - Fátima
Tel. 3101.2032
Fortaleza - Ceará

[Dentro de uma figura convexa de fundo branco que corta a base da parte inferior do retângulo, em letras cinzas] Apoio Institucional

LEAD - Legendagem e Audiodescrição [Logotipo: retângulo horizontal com fundo preto. Dentro há um quadrado com fundo branco. Sobre fundo preto estão as letras L E na cor branca e sobre o fundo branco as letras A D na cor preta. Abaixo da palavra LEAD estão as palavras Legendagem e Audiodescrição em letras brancas sobre fundo preto]

Universidade Estadual do Ceará [Logotipo: brasão que se assemelha a um escudo medieval de fundo branco com linhas transversais na cor vermelha que formam pequenos losângulos. O brasão é cortado por uma faixa azul transversal com inclinação para a esquerda. Na parte superior da faixa há um sol na cor amarela. Na parte superior do brasão há três tochas com labaredas nas cores azul e vermelha. E na base há uma faixa onde está escrito em letras amarelas LUMEN AD VIAM (do latim: Luz para o seu caminho) sobre fundo azul]

ATAV Brasil - Associação dos Tradutores Audiovisuais do Brasil [Logotipo: letras maiúsculas A T A V na cor azul, dispostas em linha horizontal. Sobre as letras A e V há o desenho estilizado de um olho dentro de um pavilhão auricular na cor laranja. Sobre a letra V, entre a palavra ATAV e o desenho, está a palavra Brasil na cor cinza. Abaixo do logotipo está o seguinte slogan em letras laranjas: Audiodescrição para quem ouve, legendagem para quem vê]


Descrição elaborada por Klístenes Braga, Presidente da ATAV Brasil, Pesquisador do Grupo LEAD e Produtor Cultural do Instituto CUCA.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Acessibilidade: bom para quem?


Por: Patrícia Silva de Jesus
Na minha ousada opinião, a palavra mais elegante, sonora, poética e imperativa atualmente é Acessibilidade. Chega a ter um efeito terapêutico pronunciar, pausadamente: a-ces-si-bi-li-da-de. Esse é um terreno onde me sinto à vontade para pisar, porque finquei bandeira no movimento de inclusão social de pessoas com deficiência visual em 1997 e de lá para cá presenciei e participei de toda evolução do discurso e também da prática das propostas ideológicas e tecnológicas que objetivam a construção de uma sociedade mais igualitária, onde a informação chegue ao receptor através do veículo que atenda à sua necessidade sensorial, onde o diálogo se estabeleça baseado no direito vital de sermos diferentes.
Tanta coisa mudou desde o tempo em que me arriscava a transcrever para colegas cegos, voluntariamente, pequenos textos em Braille em pranchetas especiais [Regletes] e máquinas semelhantes às de datilografia convencional. Já profissional firmada na área, mal pude acreditar quando pus as mãos em uma impressora norte americana que, através de um software assistente de impressão, possibilitava a produção de livros em Braille, ampliando minha capacidade de atender às necessidades de universitários cegos de Salvador e de outras cidades. O trabalho que eu faria em semanas de dedicação integral, era feito em uma tarde.
E a tecnologia continuou expandindo as possibilidades de acesso ao universo dos livros para os que não podem enxergar, ao mesmo tempo em que ampliava minhas condições de produção e de interação com pessoas de diferentes perfis. Sentia necessidade de me atualizar para melhor atender e percebia que nessa busca acontecia o crescimento, a expansão de horizontes, a ampliação do meu olhar sobre o que é, de verdade, não enxergar. “A vida não é só isso que se vê”, diria Adélia Prado, plena de razão.
Passei a produzir Livros Falados em fitas K-7 que, aliados ao Braille, agilizavam o acesso à leitura. Quando os pendrives com gravadores e reprodutores digitais de som se tornaram mais populares e muito usados por pessoas cegas, comecei a experimentar formas mais sofisticadas de impressão de voz. Ainda não sabia que em poucos anos seria consultora da Unesco e que implantaria e monitoraria o Projeto Livro Acessível, formando profissionais para o uso das Tecnologias Assistivas e estabelecendo Normas Técnicas de acesso aos livros e às imagens por indivíduos visualmente limitados.
Adeus ao K-7. Agora posso enviar meus arquivos sonoros para as pessoas com deficiência visual por e-mail, porque cegos também usam internet para estudar, para trabalhar, encontrar amigos e fazerem todas as coisas que podem fazer online [e algumas vezes o que “não podem” também – risos], desde que haja condições de acesso. Não basta àquele que não enxerga saber usar a internet; será necessário que o site seja compatível com as ferramentas que os cegos usam. Não se pensa em construção de sites para cegos, mas em construção de uma internet mais democrática, coerente, conectada [já que é rede], mais diversificada, ou seja, acessível.
Em 2007 criei um blog pessoal [Patricitudes], o primeiro no Brasil a utilizar os princípios da Audiodescrição, oportunizando aos visualmente limitados a apreciação das imagens que ilustram meus textos.
Ser convidada pelo Bahia na Rede para assinar esta coluna me deixou feliz pela possibilidade de falar para mais pessoas que elas podem ter atitudes mais acessíveis e pela oportunidade de compartilhar o saber que fui acumulando nesse tempo de vivência. Marcus Gusmão me bombardeou com centenas de perguntas acerca de como fazer o site ser um espaço virtual acessível. O entusiasmo na voz, o interesse na acessibilidade na web e a confiança em me entregar uma coluna em um site de notícias acessado por pessoas de perfis tão diversificados me deixaram comovida. O Bahia na Rede está nascendo da forma certa, acreditando no direito à informação como ferramenta de empoderamento, e defendendo que essa informação deva estar para todos.
Trabalharemos pela adequação do Bahia na Rede cotidianamente, porque queremos nossos leitores aqui, cotidianamente! E se é bom para os visualmente limitados receberem a informação de forma integral, para mim é ótimo poder falar, para cegos ou videntes, e saber que estou sendo vista, ouvida, lida. E uma pequena revolução começa a acontecer. E o sonho de uma sociedade mais democrática, paulatinamente, vai se tornando mais real. Um brinde à estréia do site e um Viva à Acessibilidade!
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Patrícia Silva de Jesus é Especialista em Educação Especial e Consultora de Tecnologias Assistivas associadas à deficiência visual. Também atua como Professora em cursos de Pós-graduação em universidades públicas e privadas.